Ser pai é, acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem.
É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.
Ser pai é aprender, errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais deixar de falar no momento preciso.
É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver, para compreender e enfrentar.
Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo.
Portanto, é aguentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser pai é: saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar.
É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que lhe corrói na alma.
Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.
Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.
Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam.
Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição.
É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho.
É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.
Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação…
Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão.
É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer, já dele, não necessita para viver.
É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.
Refletindo…
Pai passa por vários papéis: O de protetor, palhaço, professor, psicólogo, ator…
E por aí vai seguindo na vida…
O mais importante de tudo, é viver cada momento que esta relação Pai x Filho proporciona.
Cada fase da vida é única, se bobeia, já perdeu aquele momento.
E a má notícia: É que este momento nunca mais se repetirá…
É…
Ser Pai é ser Cristão, é ser Sábio, é ser heroi sem superpoderes…
Mas, sempre amado e necessário na vida de todos os filhos!
Que Deus abençoe todos os nossos Papais!!!
Adaptação do texto extraído do site: papocatolico.blogspot.com.br
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