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ADÃO E EVA

Adão e EvaO que aconteceu e que desastre acarretou depois que Adão comeu do fruto da árvore…?

Foi comido um fruto proibido. O homem alimentou avidamente, de um alimento envenenado que o leva à morte e à decomposição.

Eis o que fez: tomou o lugar de Deus.

Não aceitou a própria condição humana, considerou-a um limite, uma barreira, e quis ultrapassá-la para poder ter livre espaço e liberdade absoluta.

Pensou que seria perfeitamente feliz somente quando chegasse a estabelecer sozinho o que é bom e o que é mau.

Quis governar a própria vida sem a presença do Senhor.

Não se trata de um pecado cometido uma única vez na história da humanidade. É a dinâmica de todo pecado.
Essa auto-suficiência, essa ilusão de poder fazer, sozinho, escolhas arbitrárias, independentes de Deus, é comparada pela Bíblia a uma serpente.

A serpente é a imagem da insensatez humana, das astúcias que o homem emprega para alcançar a felicidade. Ninguém pratica o mal por gostar do mal. Todos procuram o bem. Portanto, quando se rejeita a luz de Deus e seguem-se os próprios caprichos, erra-se a pontaria, mira-se um objetivo errado, e se provoca a própria ruína.

Na origem de cada pecado está sempre “a serpente”: uma ideia falsa de Deus.
O erro surge do fato de se falar de Deus legislador (que impõe limites, proíbe…) antes de ter entendido o Deus amor (criador e salvador).

O homem confia em Deus só se está convencido do seu amor, caso contrário torna-se vítima da “serpente”: confia em suas próprias intuições, nos seus vãos pensamentos.
Depois do pecado o homem não encontra mais o seu lugar na criação. Deus o procura, chama-o: “Onde estás?”, mas não o encontra (Gn 3,8-10) porque já não está onde deveria estar.

O homem construiu para si seu próprio mundo, trancou-se no seu egoismo. Deixou de considerar Deus como o amigo com o qual passeava no jardim, passou a vê-lo como um adversário que se deve temer, evitar, manter distante, como um tirano que ameaça sua independência e sua liberdade. “Ouvi o barulho dos teus passos no jardim e tive medo”.

O pecado rompe a relação de confiança entre as pessoas. Adão acusa Eva e, indiretamente, acusa também Deus: “A mulher que pusestes ao meu lado apresentou-me deste fruto, e eu comi” (Gn 3,12). A mulher, por sua vez, põe a culpa na serpente e, portanto, também em Deus, porque a serpente é, como vimos, o colocar em ação as astúcias humanas (Gn 3,13).

Os que pecam lançam uns sobre os outros a responsabilidade das próprias misérias, agridem-se, odeiam-se. Deus criou os homens para que se ajudem; o pecado, ao invés, os separa, afasta-os uns dos outros, torna-os inimigos.

A serpente recebe uma maldição. Deus se coloca, desde o início da história, do lado do homem. Com sua palavra tira toda a força à serpente e lhe anuncia a derrota: será prostrada, arrastar-se-á sobre a terra, “lamberá o pó”, como os inimigos vencidos (Sl 71,9).
Depois vem o anúncio da esperança: a luta entre a “serpente” e o homem continuará até o fim do mundo, mas a descendência da mulher prevalecerá e esmagará a cabeça da “serpente”.

Deus interveio em favor do homem e prometeu estar ao seu lado nesta luta sem descanso contra a “serpente”.
Maria é o sinal mais evidente do triunfo de Deus sobre o mal. Ela é imaculada desde sua concepção, isto é, na totalidade da sua existência. Nela “a serpente” nunca prevaleceu, as suas escolhas sempre estiveram em sintonia com o projeto de Deus.

Deus pelas maravilhas por ele operadas em favor dos homens anuncia-se também o nosso destino: “Deus nos escolheu, antes da criação do mundo, para sermos santos e imaculados (Ef 1,4).

Deus movido por seu imenso amor, não se limitou a dar-nos a vida. Ele idealizou um projeto de salvação para toda a humanidade.
Em que consiste este projeto: decidiu que todos os homens formassem uma só pessoa com Cristo, que recebessem a sua vida divina e fossem introduzidos na sua família.

É o que acontece no sacramento do Batismo, ingressamos na família de Deus. Assim poderão ser eternamente felizes com ele. A humanidade não é destinada à ruína e à destruição, mas à alegria perene.

Diante da certeza da vitória do amor de Deus, não podemos senão retomar o presente canto de bênção: ele que realizou grandes maravilhas em Maria, realizará seus projetos de salvação também em nós.

Embora constatamos ainda muitas vitórias da “serpente”, como fatos dramáticos, tragédias, guerras, doenças, infelicidades; embora tudo isso, a todo momento somos chamados a “bendizer a Deus”, a ter confiança nas suas hábeis mãos de artista. Estamos certos que ele está levando a cumprimento o seu sonho.

Fonte: Celebrando a Palavra – Fernando Armellini, scj

Pe. José Teles.

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Informação

Publicado em 9 de dezembro de 2012 por em Religião.

Papa Emérito Bento XVI: Muito Obrigado!!!

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“Combateu o bom combate, guardou a fé e partiu para receber a coroa da Glória.”...


Dízimo: “Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades”…
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Enviai Senhor operários para a Vossa messe, pois a messe é grande e poucos são os operários.

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