Graus e estados de vida dos Sacerdotes, Religiosos e Leigos
CELIBATO:Celibatários são todos aqueles que não se casam por causa do Reino dos céus
“Eu quisera que estivésseis isentos de preocupações. Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar o Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo e do modo de agradar à esposa, e fica dividido.
Da mesma, forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar o marido”. 1º Cor 7,32-34;
Escolheram viver solteiros para dedicarem suas vidas e seu tempo a Deus e a causa de Deus que é a salvação das almas através da ação da Igreja;
“Os discípulos disseram-lhe: ‘se é assim a condição do homem em relação à mulher, não vale a pena se casar’. Ele acrescentou: ‘Nem todos são capazes de compreender essa palavra, mas só aqueles a quem é concedido. Com efeito, há eunucos que nasceram assim, do ventre materno. E há eunucos que foram feitos pelos homens. E há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos céus. Quem tiver capacidade para compreender, compreenda!”. Mt 19, 10-12;
São Paulo era um celibatário, não se casou para se dedicar às coisas de Deus:
“Quiseram que todos os homens fossem como eu; mas cada um recebeu de Deus um dom particular; um, deste modo; outro, daquele modo. Contudo, digo aos celibatários e às viúvas que é bom ficarem como eu. Mas, se não podem guardar a continência, casem-se, pois é melhor casar-se do que ficar abrasando”. 1º Cor 7,8;
Castos são todos aqueles (as) que, primeiramente não se casaram e permanecem vivendo sem relações sexuais. Também, os casais podem permanecer castos no matrimonio, quando são fiéis. Então a fidelidade matrimonial gera a castidade. Portanto, não só os padres e as religiosas são Castos, mas todos aqueles que são fiéis ao seu estado de vida.
Nossa conclusão é a de que todos os celibatários podem ser castos, entretanto, nenhum casado pode ser celibatário. Pois o celibato é o estado de quem não se casou por causa do Reino dos céus;
Obs.: Aqueles que estão separados não podem voltar ao estado de celibatário, entretanto, podem voltar ao estado de Castos desde que se abstenham de relações sexuais;
Aos que se separaram, São Paulo recomenda que não se casem de novo, com exceção de que volte para o marido (esposa);
“Se, porém, se separar não se case de novo, ou reconcilie-se com seu marido – e o marido não repudie sua esposa”. 1ª Cor 7,11;
Os celibatários podem e devem ser castos, embora os casais castos não sejam celibatários;
Os celibatários podem possuir dois graus de santidade nos Céus:
1) O grau da santidade dos Célibes (solteiros) por causa do Reino de Céus;
2) O grau de santidade dos castos por causa do Reino dos Céus;
Entretanto, os celibatários deixam de ser castos quando pecam contra a castidade; perdendo assim, o grau de glória da santidade daqueles que morrem castos.
O casal deixa de ser casto quando comete adultério, que é um pecado mortal; o adultério é o pecado contra a santidade do matrimonio;
VIRGINDADE: Existem celibatários que possuem a santidade da castidade e da virgindade. Um grau maior na santidade.
Podem existir celibatários que vivam a castidade, mas que não são mais virgens; perderam a virtude da virgindade. A perderam ao longo da estrada, embora vivam depois da conversão ao Senhor, a santidade da castidade, pois renunciaram a vida sexual, por causa do Reino dos Céus. Mas, já não são virgens.
Todos aqueles que são virgens, vivem na santidade da castidade, mas não necessariamente possuem a santidade do celibato. Só aqueles que são celibatários por causa do Reino dos Céus, é que possuem a santidade do celibato.
Existem pessoas virgens, que o são não porque, não queiram casar-se, mas porque não arrumaram ninguém; elas desejam casar, então, são virgens porque ainda não apareceu ninguém que as despojassem; neste caso não há uma opção pelo estado de vida virginal, mas uma circunstância existencial;
Elas são castas, vivem como celibatárias, mas não são celibatárias por uma opção de liberdade ou por uma causa nobre como a do Reino dos Céus, não se trata de uma vocação. O celibatário religioso o é por uma vocação.
Obs.: O celibato comporta um grau de santidade maior do que a virgindade em si mesma. Embora, seguirão o Cordeiro por onde quer que Ele vá (Ap 14,4), elas eram virgens, porque optaram pelo celibato;
Vale ainda uma observação importante, “a virgindade completa é física, mental (psicológica) e espiritual. Isto é, virgindade do corpo…da mente…e do espírito”.
PUROS: “Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mt 5,8);
Os puros são todos aqueles que são virgens e nunca fizeram sexo, que são inocentes, isto é, mantém sua mente livre das fantasias sexuais, e mantêm-se espiritualmente virgens, ou seja, não cometeram pecados graves contra sua própria sexualidade; Os puros são pessoas castas e não se maculam nem com a masturbação.
Existem religiosos (e pessoas) que são virgens, mas que não mantém a pureza, pois se masturbam, mesmo que ainda esporadicamente, e quando o fazem perdem o estado de pureza, só com a confissão sacramental é que retornam ao estado original; Os puros não se masturbam, e alguns quando caem, retornam ao estado de pureza pela confissão;
“A mais forte de todas as forças é o coração puro” (Victor Hugo)
Obs.: O sexo entre os casais priva da pureza, mas não da santidade. Um casal pode viver a santidade dentro do casamento quando são castos, isto é, fiéis; o sexo no casamento é santo e abençoado por Deus, a pureza que perdem não significa pecado; se é verdade que perdem a pureza, o mesmo não acontece com o estado de graça que se mantém.
Com o ato sexual dentro do casamento homem e mulher perdem a pureza sexual, e ganha à graça matrimonial. Estão impuros, mas não em pecado;
Entre os virgens, podem manter a pureza sexual quando não se masturbam;
Entretanto, sobretudo entre as mulheres, podem perder a virgindade física, se introduzirem alguns objetos que faça romper a membrana (hímen), podem perder a pureza mental e espiritual com o pecado;
A pureza é o quarto grau da santidade. A vida sexual ativa tira a pureza; os casais se tornam impuros não pecadores com a sua atividade sexual; impuros, não significa não santos entre os casais. Eles podem e devem ser santos no matrimonio, vivendo castamente;
O EXERCÍCIO DO MINISTÉRIO SACERDOTAL E O CELIBATO
O celibato supõe um estado de pureza. Pois o grau de santidade da pureza é maior do que o grau de santidade da virgindade;
O estado de santidade da pureza é maior do que o da virgindade, maior do que o da castidade e maior do que o estado de santidade do celibato;
A virgindade é o estado de quem nunca fez sexo com outra pessoa, entretanto, quem nunca fez sexo, pode até perder o estado da pureza mental, sem perder a virgindade, em si mesma.
Com a masturbação a pessoa perde a pureza sexual, mas não necessariamente a virgindade física e espiritual; a masturbação é sexo solitário;
As pessoas que vivem em estado de pureza, não se masturbam, pois esta faz perder aquela; embora a pureza seja recuperável após uma boa confissão;
Os que vivem em estado de pureza perfeita, não fazem sexo de jeito nenhum, nem com outra pessoa nem sozinhas;
Aqueles que perderam a virgindade podem recuperar a pureza e a castidade através da abstinência; se por um lado a beleza e a santidade da pureza pode ser recuperada por quem é celibatário, a virgindade física uma vez perdida é irrecuperável (mesmo levando em contra as intervenções plásticas cirúrgicas, “as experiências de relação sexual consumadas ficam fortemente marcadas… ficam profundamente gravadas no psiquismo!…são exatamente essas marcas, essas experiências que caracterizam a perda da virgindade!” )
Os casais que vivem em castidade no matrimonio, podem recuperar a santidade da castidade, quando se confessam caso tenha pecado; entretanto, eles não podem mais ser virgens, pois, ao casarem-se perderam a virgindade e a pureza e ao coabitarem perdem o estado de celibatários (solteiros);
Os casais, entretanto, podem ser castos e santos. Vivendo santamente sua castidade matrimonial; Eles não podem ser nem virgens, nem puros, só podem ser castos na santidade santos na castidade;
CASTIDADE: A castidade visa a libertação do coração e das relações humanas.
A castidade é “o domínio libertador dos impulsos sexuais, a perfeição da castidade só pode ser este domínio libertador levado á plenitude”
Mas… “o domínio dos impulsos sexuais nunca é perfeito; urge, portanto, desenvolve-lo sempre”.
A castidade está aberta a todos: Ela pode ser conjugal: vivida entre casais; é religiosa ou sacerdotal, quando é vivida por pessoas integradas na vida religiosa, e por padres; secular quando vividos por pessoas comuns não religiosas e por leigos pertencentes a institutos seculares ou outros leigos.
Portanto, “todos os fieis são chamados a viver da melhor maneira possível a castidade cristã, conforme seu tipo particular de vida”.
“A presença da prática sexual, vivida por casais não torna inferior nem sua ausência na vida dos religiosos e padres que a vivem sem a prática sexual não a torna superior.
Cada forma de castidade é tão particular que não pode servir de exemplo a outra”
Os virgens podem ser:
Os castos podem ser:
Os celibatários podem ser:
Puros podem ser:
Os casais podem ser:
Pe. Juvan Celestino da Silva
Fonte: http://www.recadosaarao.com.br
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