No Evangelho deste domingo (18/11/2018), Jesus fala sobre o fim dos tempos.
Refletindo sobre esse tema importantíssimo da doutrina católica, Padre Paulo Ricardo recorda-nos que, “antes de vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes”, e indica-nos o caminho para continuarmos firmes em Jesus. Assista a mais esta meditação e prepare-se conosco para os últimos dias do ano litúrgico… e da nossa história!
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
(Mc 13, 24-32)
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Naqueles dias, depois dessa tribulação, o sol se escurecerá, a lua não dará o seu resplendor; cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da terra até a extremidade do céu. Compreendei por uma comparação tirada da figueira. Quando os seus ramos vão ficando tenros e brotam as folhas, sabeis que está perto o verão. Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas. Em verdade vos digo: não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passarão o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. A respeito, porém, daquele dia ou daquela hora, ninguém o sabe, nem os anjos do céu nem mesmo o Filho, mas somente o Pai”.
Meditação. — 1. A liturgia deste domingo trata do fim dos tempos. Para os católicos, o pensamento sobre a morte não deve gerar desespero ou especulações futurísticas próprias de pessoas supersticiosas, mas a alegria do encontro definitivo com Cristo, que diz no Evangelho de São Lucas: “Reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação” (21, 28).
A morte não é o ponto final de nossa história. Ao contrário, ela é o sinal da fragilidade deste mundo e, ao mesmo tempo, a entrada na eternidade. Neste sentido, os fiéis devem meditar frequentemente sobre as realidades últimas, a fim de que, na hora derradeira, não renunciem à verdade e acabem se perdendo. “Antes da vinda de Cristo”, diz o Catecismo, “a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes” (n. 675). Essa provação diz respeito ao “mistério da iniquidade”, uma espécie de “pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado”.
2. Devemos nos preparar para a morte. Uma vez que não sabemos nem a hora, nem o dia da justiça divina, temos de viver as tribulações da nossa geração como se, de fato, fossem as últimas. Afinal de contas, a Igreja “crê numa pena que há-de castigar para sempre o pecador que for privado da visão de Deus, e ainda na repercussão desta pena em todo o ‘ser’ do mesmo pecador” (Carta sobre algumas questões respeitantes à escatologia, 17 de maio de 1979). Por isso Jesus adverte os discípulos sobre a sua chegada: “Assim também quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está próximo, às portas” (Mc 13, 29).
Aqueles que, por outro lado, perseverarem até o fim, gozarão também do triunfo da Igreja, por meio de “uma vitória de Deus sobre o último desencadear do mal, que fará descer do céu a sua Esposa” (Catecismo, n. 677). Portanto, esforcemo-nos por estar do lado de Cristo no dia do juízo final.
Oração. — Senhor Jesus, favorecei-nos com a vossa graça, a fim de que estejamos sempre preparados para a hora final. Não deixeis que as tribulações deste mundo passageiro abalem a nossa fé, mas fortificai-nos para o duro combate dos últimos dias. Assim seja!
Propósito. — Ler e meditar sobre os parágrafos do Catecismo que falam sobre os Novíssimos (nn. 1020-1050).
Fonte: padrepauloricardo.org
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