Jovens que se passam por sacerdotes da Igreja Católica têm circulado por cidades do Brasil e, no último dia 13 de dezembro, participaram de uma Missa na Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), tendo sido retirados do presbitério assim que a falsidade ideológica foi descoberta.
O fato ocorreu durante a Celebração Eucarística presidida por Padre Roger Luís, transmitida pelo canal Canção Nova. No presbitério estavam dois falsos sacerdotes, os quais tinham sido denunciados pela Diocese de Caruaru (PE) em outubro deste ano.
Na ocasião, a Diocese pernambucana publicou um comunicado no qual declara que “José Lucas Carlos Pinheiro, nascido em Gravatá aos 11/02/1998, Jonathan Alifer Albuquerque da Silva, nascido em Apucarana – PR aos 07/06/1996, Carlos, de Camocim de São Felix, afastaram-se da Igreja Católica, Apostólica, Romana”.
Foto: Captura de tela – Facebook Escolástica da Depressão
Em vários países, multiplicou-se o número de falsos sacerdotes que se valem da boa fé dos fiéis para “oferecer seus serviços” em troca de dinheiro fácil.
Apenas o sacramento da Ordem Sacerdotal consagra aquele que o recebe, configurando-o de modo particular com Jesus Cristo e capacitando-o para atuar na própria pessoa de Cristo para o bem de todo o povo de Deus.
Na seguinte nota, é detalhado como identificar um falso sacerdote e as medidas preventivas para evitar ser enganado.
Como reconhecê-los?
1. Os falsos sacerdotes não têm paróquia nem território designado porque não pertencem à Igreja Católica, portanto, não se encontram nos registros das dioceses.
2. Saem “oferecendo seus serviços” (missas, sacramentos) e é comum que deem de presente cartões de apresentação para que possam entrar em contato com eles.
3. Costumam atuar em lugares distantes da paróquia da cidade como em pequenas comunidades onde não há sacerdotes. É necessário saber que os sacerdotes católicos não podem celebrar casamentos, batizados e, em geral, oficiar Missas fora da paróquia ou um templo público reconhecido.
4. Criam laços de amizade com os paroquianos e ministram “sacramentos” sem ter em conta os impedimentos.
5. Cobram dinheiro ao final da Missa que celebram, “solicitando uma contribuição econômica”.
6. Pedem donativos para algum lar, orfanato ou asilo que não existe. Em alguns casos, até oferecem seus serviços aos próprios sacerdotes para ajudá-los na festa paroquial ou na Semana Santa.
7. Uma grande porcentagem deles são pessoas que estudaram no seminário, mas por diversas razões foram expulsos; outros serviram em alguma paróquia como sacristãos ou simplesmente encontraram uma forma de extorquir os fiéis e até os mesmos presbíteros porque conhecem as celebrações litúrgicas.
Medidas preventivas
1. Buscar na nossa paróquia orientações sobre os requisitos necessários para a celebração dos sacramentos.
2. Em caso da perda de um familiar, recorrer à paróquia mais próxima ao velório ou à nossa própria paróquia para solicitar os serviços correspondentes.
3. Nunca aceitar sacerdotes que se fazem conhecer por cartões de apresentação ou que oferecem “serviços em domicílio”.
4. Exigir do sacerdote a credencial expedida pela diocese correspondente.
5. Se não é possível encontrar um sacerdote, é obrigação dos fiéis se abster das celebrações dos impostores, pois não têm nenhuma validez.
6. Deve-se denunciar o falso sacerdote imediatamente às autoridades eclesiásticas.
7. Advertir outros fiéis a ter cuidado com o impostor.
Visto em : https://pt.aleteia.org/2017/12/21/falsos-sacerdotes-circulam-pelo-brasil-e-participaram-de-missa-na-cancao-nova/
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