(…) Isso foi feito no Kalendas de Natal. Para quem não sabe, Kalendas é a proclamação do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Paulus, para relembrar essa data tão cara para nós Católicos, resolve colocar o seguinte trecho:
(…) Seiscentos anos depois que o Espírito de Deus / revelava o brilho de seu esplendor na china a Lao-Tsé / na Índia, a Buda, o Iluminado (…)
Infelizmente, vemos nesse impresso, distribuído por todo o Brasil, o resultado da confusão generalizada que assola a Santa Igreja (…).
Ave Maria Puríssima
Sem pecado Concebida
Trechos do texto escrito no site amormariano.com.br
ESTE É O SOLENE ANÚNCIO OFICIAL DO NATAL,
FEITO PELA IGREJA NA PRIMEIRA MISSA DA NOITE DE NATAL:
“Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem;
– séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de aliança e de paz;
– vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão, nosso pai;
– treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés;
– cerca de mil anos depois da unção de Davi, como rei de Israel;
– na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel;
– na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas;
– no ano 752 da fundação de Roma;
– no ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém;
– no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo:
JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem;
Transcorridos nove meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá.
Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana.
Venham, adoremos o Salvador!
Ele é Emanuel, Deus Conosco”.
O bispo de Palmares, no Pernambuco, Dom Henrique Soares escreveu em suas redes sociais uma formação explicando porque as Kalendas de Natal não podem ser modificadas à revelia. O texto faz parte de um rito proclamado na noite de Natal, abolido no Vaticano II, e retomado no pontificado de são João Paulo II. Atualmente o rito é facultativo na celebração.
“Não compete a nenhum pretenso liturgista ou teólogo alterar arbitrariamente os textos litúrgicos da Igreja. Nas celebrações litúrgicas os textos utilizados devem ser aprovados por quem de direito: a Sé Apostólica e, em certos casos, o Bispo diocesano. Liturgista, verdadeiro ou pretenso, não é moderador da Liturgia da Igreja! Um especialista em Liturgia que se arrogasse este direito mostraria que não compreendeu sua função na Igreja”, escreveu o bispo.
O bispo conhecido pela sobriedade explica que não escreve para gerar polêmica, mas para “formar o Povo de Deus na reta fé católica!”. “Às vezes, os comentários feitos por alguns caros Amigos extrapolam seja a lógica, seja a caridade em Cristo! Cuidado! Cuidemos! A verdade não se impõe no grito nem na grosseria, mas na firmeza suave e na caridade forte!”, finaliza o texto.
Dom Henrique faz referência às mudanças que uma editora católica fez no texto de um livreto de Liturgia Diária e repercutiu no meio católico trazendo muita confusão.
“Infelizmente, o horizonte das adulterações das kalendas não é este , da singularidade absoluta de Cristo, mas sim o de um falso e deturpado pluralismo religioso que considera todas as religiões verdadeiras (e falsas) do mesmo modo”.
Fonte: icatolica.com
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