REUTERS/Remo Casilli:
Apesar de o Vaticano não ter apoiado oficialmente, nem colaborado recomendando aos bispos para mobilizarem seus diocesanos, incentivando-os a afluírem ao “Family Day”, o número de manifestantes superou todas as expectativas. Tal omissão da hierarquia católica deixou perplexos incontáveis fiéis, mas alguns bispos, isoladamente, apoiaram a manifestação, inclusive um eminente prelado: o cardeal Angelo Bagnasco que garantiu seu apoio.
No último sábado (dia 30), o gigantesco evento se realizou bem no coração da Cidade Eterna, o “Circo Massimo” — local em que muitos cristãos foram martirizados no período do Império Romano e onde se conservam diversas ruínas da Roma Antiga.
Tão imenso é esse parque público, que especialistas haviam garantido que seria praticamente impossível lotá-lo. Entretanto, a afluência foi maciça, com pessoas de todas as partes da Itália, até mesmo delegações de outros países. Assim, os mesmos especialistas afirmaram que nunca aquele lugar histórico esteve tão repleto.
O evento representou uma categórica recusa dos italianos ao “casamento” homossexual. Recusa à avassaladora “onda” antifamília impelida por organismos da União Europeia — como a Corte Europeia de Direitos do Homem. Concretamente, foi uma rejeição ao Projeto de Lei n° 2081 (“lei Cirinnà”), cuja relatora é a senadora Monica Cirinnà, do Governo Matteo Renzi, o qual prevê uma espécie de “casamento” homossexual — chamado de modo eufemístico de “união civil”, assim como a adoção de crianças por parte de “duplas” do mesmo sexo.
Segundo os organizadores do movimento “Defendendo Nossas Crianças”, mais de 2 milhões de pessoas estiveram presentes no “Circo Massimo”.
Eram pais, mães e filhos; gente de todas as idades e condições sociais; leigos e religiosos; milhares de associações; enfim, pessoas dispostas a lutar para proteger a família tradicional como estabelecida por Deus, ou seja, entre um homem e uma mulher numa união monogâmica e indissolúvel. Neste sentido, na concentração podiam-se ouvir diversos slogans, bem como a exibição de milhares de faixas, inclusive contra a implantação da “Ideologia de Gênero” nas escolas.
Muitos que não puderam viajar a Roma organizaram manifestações menores em suas respectivas cidades com o mesmo objetivo: exigir do governo italiano a total rejeição da “lei Cirinnà“, antinatural e frontalmente contrária à Lei de Deus.
No ano passado, o “Family Day” — que reuniu quase 1 milhão de pessoas na praça San Giovanni in Laterano — conseguiu barrar temporariamente o esdrúxulo projeto. Mas ele foi novamente posto em pauta e será votado nos próximos dias.
Massimo Gandolfini, um dos organizadores do evento, declarou sobre esse projeto antifamília:“Não é aceitável desde a primeira até a última palavra. E não adianta fazer uma operação cosmética [para salvá-lo], mas é necessária uma operação radical, pois não se trata de mudar algumas palavras. O projeto de lei deve ser rejeitado integralmente.”
É o que esperamos para o bem de todas as famílias italianas e do mundo inteiro. Bem como para defender a glória de Deus na Terra e suas Leis que protegem a sagrada instituição familiar, tão combalida devido a essas leis ridículas e anticristãs.
PS: A seguir, um vídeo transmitido durante essa recente manifestação “Dia da Família” em Roma. Trata-se de uma gravação, pelo grande Luciano Pavarotti (Budapest, 1991), do “Mamma, son tanto felice” (Mamãe estou tão feliz), famosa canção de Cesare Andrea Bixio e Bruno Cherubini que expressa tão bem o amor maternal. Infelizmente, uma criança adotada por uma “dupla” homossexual jamais será capaz de compreendê-la…
Fonte: ipco.org.br
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