Padroeira Santa Rosa de Lima

"A cruz é a escada para o céu…" Festa: 23 de Agosto

“Para receber a Comunhão, meus pais viveram como irmãos por 25 anos”

Áudio: Batismo de Conversão 


Padre norte-americano conta a bonita história de fidelidade de seus pais que, vivendo em segunda união, escolheram a continência até o fim de suas vidas, a fim de se aproximarem do sacramento da Eucaristia.

Continência no casamento, “viver como irmão e irmã”: o caminho que a Igreja sempre indicou aos casais que vivem em segunda união – o qual, para algumas pessoas hoje, soa uma proposta “irrealista” e quase absurda – foi justamente a solução que Peter e Anne Stravinskas encontraram, a fim de conformarem suas vidas à vontade de Deus e estarem aptos para receber a Sagrada Comunhão.

Em uma entrevista exclusiva, o filho único do casal, o padre Peter Stravinskas, contou ao LifeSiteNews.com a história da decisão de seus pais. O sacerdote, fundador da “Priestly Society of the Blessed John Henry Newman”, é um respeitado estudioso, autor e apologista católico.

Foi na década de 1940 que o primeiro matrimônio de Peter chegou ao fundo do poço e terminou com a sua esposa o abandonando. Apesar de saber que um novo casamento o distanciaria de Deus e da Igreja – Peter não só era católico, como apreciava a leitura de G. K. Chesterton e John Henry Newman –, ele casou-se no civil com Anne, que, à época, era uma espécie de católica não praticante. Quando Peter Jr. nasceu, em 1950, o casal decidiu colocá-lo em uma escola católica.

Durante o seu segundo ano de preparação para receber os sacramentos da Confissão e da Comunhão, a vida de fé dos Stravinskas recebeu um impulso inesperado. O padre conta como aconteceu:

“Cheguei em casa da escola um dia e disse: ‘Mãe, eu te amo muito’. ‘Eu também te amo’, ela respondeu. ‘Mãe, quando eu morrer, quero ir para o Céu!’ ‘É claro, todos nós queremos’, ela disse. ‘Bem, nós temos um problema. Se eu morrer e for para o Céu, e você e o papai não estiverem lá, continuará sendo Céu?’ ‘Ué, por que papai e eu não estaríamos lá?’ ‘Porque a irmã Rita Gertrude disse hoje na aula que pessoas que não vão à Missa no Domingo vão ao inferno quando morrem’.”

O padre conta que sua mãe imediatamente encerrou a conversa, mandando que ele fosse tomar o seu leite e comer os seus cookies.

Mais tarde, naquela noite, quando o pai do padre voltou do trabalho, Peter Jr. foi mandado para o seu quarto, enquanto os seus pais discutiam sobre a conversa que fôra mantida mais cedo. Peter lembra bem as palavras que ele ouviu enquanto se escondia atrás da porta:

“‘Temos um problema com o nosso filho’, disse a mãe. ‘O que é?’, perguntou o pai. ‘Aquela irmã louca da escola está nos causando problema. Ela disse ao Peter hoje que nós vamos ao inferno porque não vamos à Missa aos domingos’. ‘Bem, o que você esperava que ela dissesse?’ ‘Quando for a escola amanhã para ajudar com o trabalho voluntário, vou mandá-la cuidar da própria vida e ficar fora da nossa casa.’ ‘Bem, você pode fazer isso – ele replicou. Só não sei se vai servir para alguma coisa’.”

Depois disso, Peter lembra de uma breve pausa antes de ouvir seu pai acrescentar: “Eu acho que há provavelmente uma solução mais simples. Talvez seria mais fácil para nós começarmos a ir à Missa aos domingos. Assim, convenceríamos a irmã de que não iremos para o inferno.”

Recordação da Primeira Comunhão do Padre Peter.

No domingo seguinte, toda a família Stravinskas assistia à Missa unida, pela primeira vez.

O que começou a incomodar Anne foi o fato de que, no momento da Missa em que as pessoas iam receber a Sagrada Comunhão, ela não estava apta a participar. Mesmo desejando receber Jesus, ela sabia que viver com um homem que, aos olhos da Igreja, era casado com uma outra mulher, a impedia de receber Jesus em sua alma.

O padre Stravinskas lembra de ouvir a sua mãe dizer uma vez: “Eu não sei por que vou à Missa afinal, se eu não posso receber a Sagrada Comunhão.”

O casal eventualmente trouxe essa dificuldade para o pároco da sua comunidade. Ele disse aos dois que uma maneira de proceder seria pedir às autoridades da Igreja em Roma que examinassem a primeira união de Peter, para determinar se ela realmente havia existido. Se o matrimônio fosse declarado inválido, Peter e Anne estariam livres para casar e ajustar o seu relacionamento aos olhos de Deus e da Igreja, pavimentando o caminho para que eles pudessem receber a Comunhão.

Mas o padre os advertiu também que o processo de nulidade não só era demorado, como custava caro.

O bom padre, então, apresentou ao casal uma solução muito mais simples. “Ele disse que a solução mais fácil para que eles participassem integralmente na fé católica seria abster-se de relações e viver como irmão e irmã”.

“Daquele momento em diante, foi o que eles fizeram”, relata Peter.

Foi só nos seus anos de colégio, discutindo com o seu pai sobre a doutrina católica em relação ao matrimônio, que o padre Stravinskas descobriu a verdade sobre a decisão de seus pais. “Bem, é verdade, situações irregulares acontecem”, disse-lhe o seu pai. “Mas, para sermos fiéis a Cristo, sua mãe e eu temos vivido como irmão e irmã por 10 anos até agora.”

“E eles viveram assim até o fim do seu matrimônio”, conta o padre. Peter faleceu em 1983, com 71 anos. Anne viveu até os 87, morrendo em 2005.

Comentando os debates sobre o tema, levantados por conta do recém-concluído Sínodo para as Famílias, o padre Stravinskas alertou para o perigo de que se introduza um pensamento mundano dentro da Igreja, como uma espécie de “cavalo de troia”. “Se é verdade que uma pessoa permanece ligada ao seu cônjuge, ainda que o seu matrimônio fracasse, isso significa que qualquer atividade sexual subsequente em que a pessoa se envolva é pecado de adultério. Foi o que Jesus disse nos Evangelhos”, ele diz.

Segundo o padre, quem discorda desse ensinamento tem um problema com Deus, não com a Igreja:

“Quando as pessoas me dizem que não aceitam a doutrina da Igreja sobre o divórcio e as novas uniões, eu digo a elas: ‘Vamos fazer a sua afirmação mais precisa. O que você está realmente dizendo é que você não aceita o ensinamento da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade sobre esse assunto’. (…) Esse ensinamento sobre o divórcio e as novas uniões não compete à Igreja mudar. Vem do próprio Deus. A Igreja levou tão a sério essa doutrina que chegou a perder toda a Igreja na Inglaterra nos anos 1530, por causa da sua fé na indissolubilidade do matrimônio.”

O padre Stravinskas também explica por que é gravemente errado para católicos divorciados em segunda união se apresentarem para receber a Sagrada Comunhão. “É o pecado do sacrilégio. Aproximar-se indignamente do mais santo dos Sacramentos. São Paulo é muito claro sobre isso em sua Epístola aos Coríntios. Ele diz que uma pessoa deve examinar a si mesmo antes e, se não estiver preparada, não deve receber o corpo e sangue do Senhor. Se ele o faz – e aqui está a pena – ele come e bebe a própria condenação”, afirma.

O testemunho da família Stravinskas é bastante pertinente: mostra como, mesmo sendo difícil, a castidade é acessível a todos, por mais difícil que seja a sua situação. Sustentar o contrário, diz o padre Peter, “desonra os meus pais e milhares de outros casais que, como eles, decidiram pôr a sua confiança de seguir adiante na graça de Deus. Nossa fé nos ensina que Deus dá a todos a graça para evitar o pecado. As pessoas vivem isso.”

Fonte: padrepauloricardo.org

(Tradução e adaptação de LifeSiteNews.com | –  Equipe CNP –  


  • Só uma dúvida, eles viviam juntos, certo? E a questão do escândalo?

    • Quando vc chegar no céu, Jesus não vai perguntar o que os outros pensam de você.

      • No vídeo no qual o Padre Paulo responde se os casais de segunda união podem comungar, ele fala dessa questão do escândalo, por isso que eu perguntei.

    • Irmão Maciel, chama-se essa união de “Casamento Josefino”, pois São José e Nossa Senhora conviveram juntos por toda a vida, mas mantiveram-se castos. Para que isso ocorra é necessário que os dois estejam em comum acordo e que seja feito de livre e espontânea vontade e sob a orientação de um Sacerdote que conheça a situação do casal, para que possa orientá-los. Um excelente caminho é o conhecimento das 133 catequeses de São João Paulo II, que ficaram consagradas como “Teologia do Corpo”.

      A Santa Sé recomenda que os casais em segunda união e que buscam uma possível nulidade matrimonial mantenham a castidade até que saia uma decisão final. Padre Paulo Ricardo foi muito feliz e soube explicar essa situação muito bem. Vejamos: “Fechada até mesmo a porta para a castidade, no caso de um parceiro que tenha dificuldades em aceitá-la e de uma união que já não se pode dissolver por conta de múltiplos fatores – como a educação dos filhos, por exemplo –, é preciso que as pessoas que se encontram nesta condição abracem a sua Cruz, vivendo este verdadeiro drama interior como caminho de conversão e purificação”.

      Difícil, mas não impossível, quando se tem como único objetivo de vida viver junto de Deus!

    • Rodrigo Barbieri
    • Maciel, logicamente não sou eu a pessoa certa a responder suas perguntas, mas acredito que não haja escândalo em duas pessoas adultas viverem juntas, ainda que sejam um casal. Se eles vivem como irmãos ou amigos, o testemunho deles basta.

    • “o que ligares na terra será ligado no céu”… se o pároco deles determinou que assim fosse para que recebessem a eucaristia, então estavam seguindo o seu diretor espiritual… vamos ser mais humildes em relação às determinações dos representantes de Cristo na terra.

    • boa pergunta

    • Eu e meu marido tambem vivemos esta situacao durante quase tres anos, e o sacerdote disse que se alguem nos abordasse sobre o assunto,para nos respondermos que perguntassem ao paroco. Aconteceu na verdade muitas pessoas ficarem curiosas e ate escandalizadas, mas quando alguem nos confrontava sempre diziamos a verdade. Mesmo que alguem falasse sobre isso na rua, nao nos incomudava, era muito mais importante receber Jesus e eu por mim teria-o feito pelo resto da minha vida, mas gracas a Deus obtivemos a nulidade!

      • Belo testemunho!

  • Tenho uma dúvida: eu, em um momento desgarrado da minha vida, no qual eu havia me afastado de Cristo, me envolvi sexualmente com uma namorada. Fui alertado por minha mãe do caminho de morte que estava trilhando, e desde então acertei meus passos e não me envolvi em conjunção carnal com mais ninguém. Nesse caso, estou ligado a essa ex-namorada aos olhos de Cristo e da Igreja? Se ocorrer de eu me casar com outra mulher no futuro, estarei em adultério

    • Não Vinicius, pois você não era casado! Ou seja, não havia recebido o sacramento do matrimônio. Se você já se confessou desse pecado! Vida nova!!!

  • Boa Tarde. Quero dar meu testemunho aqui que é muito parecido com este fato.
    Tenho 28 anos, e há cinco anos conheci minha companheira, ocorre que ela foi casada na Igreja e quando a conheci, não era um católico tão fervoroso. A medida que o tempo passava fui buscando me aprofundar na história e nas doutrinas da Santa Igreja, até que fiquei sabendo que não poderia me confessar e nem comungar. Então, nós dois não nos aproximamos mais da Sagrada Eucaristia e ela entrou com o processo de averiguação da nulidade, tendo em vista que o caso dela dá indícios de vários equívocos como a pressão da mãe para que ela casasse tendo em vista a sua gravidez e o não discernimento dos dois para o matrimônio. Ela rompeu com ele após a descoberta de que o mesmo à traiu por vários anos. Um ano e meio depois acabei a conhecendo ela e logo depois ficamos juntos, adquirimos uma casa e ficamos amasiados, contudo, por não receber a sagrada comunhão, começamos à nos afligir. Acabamos conhecendo um grande sacerdote que é do movimento pró-vida e nos associamos a essa obra, contudo, levou algum tempo para perceber que não poderia continuar vivendo naquela hipocrisia e resolvemos viver como irmãos na castidade para poder voltar à receber os sacramentos. Esse sacerdote é nosso Diretor Espiritual. Estamos vivendo hoje como irmãos, ela já foi convocada pelo Tribunal Eclesiástico, já apresentou o libelo e agora aguarda a resolução do processo, mas nem por isso, voltamos à ter relações. O que eu quero dizer à todos é que se alguém vive nessa condição, viva a castidade, não é impossível. Como o Padre Paulo diz em suas aulas, em nosso mundo, parece que o sexo é o “ar que respiramos”. Veja que se caso um ser humano fique doente ou fique na miséria, a relação sexual vai ser a coisa secundária em sua vida, em outras palavras, se eu não comer, não beber água ou não respirar eu morro, mas se ficar sem sexo não vou morrer. Que Deus abençoe. Vamos defender a indissolubilidade do matrimônio.

    • Que Deus continue abençoando a espera de vocês. Conte com minhas orações.

 

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Publicado às 6 de dezembro de 2015 por em Uncategorized e marcado , , .

Papa Emérito Bento XVI: Muito Obrigado!!!

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“Combateu o bom combate, guardou a fé e partiu para receber a coroa da Glória.”...


Dízimo: “Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades”…
Um ato de amor: "Dar a Deus o que é de Deus!"

Enviai Senhor operários para a Vossa messe, pois a messe é grande e poucos são os operários.

Enviai Senhor operários para a Vossa messe, pois a messe é grande e poucos são os operários.

Mas tu, vem e segue-Me! (Oração pelas vocações...)

Nossa Senhora, Rainha das Famílias, rogai por nós! Tudo com Jesus e nada sem Maria!

Nossa Senhora, Rainha das Famílias, rogai por nós!

Jesus, Maria e José, a nossa Família Vossa é!