1) O purgatório, segundo a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana, é o estado no qual os fiéis são purificados depois da morte, antes de entrar no céu.
Depois da morte, que é a separação do corpo e da alma, acontece o juízo particular. Ali, a alma é julgada por Deus e tem dois destinos: a eternidade feliz (o céu) ou a eternidade infeliz (o inferno). No céu só entram os puros, e a Palavra é muito clara: “Os puros de coração verão a Deus” (Cf Mt 5,8). O purgatório, então, é uma antessala do céu.
As pessoas que morreram arrependidas de seus pecados e se confessaram, não vão para o inferno. O que as leva para lá é a culpa dos pecados, mas estes também tem as penas temporais, que é o estrago que ele próprio causou à pessoa, à sociedade e à Igreja como um todo. Então, essa pessoa tem de passar por um processo de purgamento (daí o nome purgatório; de purificação) para ver a Deus.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz o seguinte: “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tinham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu.” (Cf CIC § 1030).
2) Qual a fundamentação Bíblica para a crença no Purgatório?
Estimado(a) leitor(a), nós católicos não costumamos ter esta preocupação excessiva de fundamentar ao pé da letra com capítulos e versículos bíblicos tudo o que cremos. A fé no purgatório encontra-se na Bíblia em várias passagens.
É por todos nós conhecida a passagem clássica de 2Mc 12,41-46 que revela já em Israel uma prática considerada santa e piedosa de rezar pelos falecidos. É claro que nessa passagem bíblica já podemos deduzir que se os falecidos precisam de nossa oração é porque há a possibilidade de se purificar depois de nossa morte dos pecados veniais ou das conseqüências dos pecados cometidos na terra.
É bom lembrar ao amigo leitor que esta passagem bíblica só se encontra na Bíblia dos Católicos, outras denominações cristãs (Igreja) recusaram o livro de Macabeus.
Existem outras passagens como 1Cor 3,15; 1Pd 1,7 que falam de um “fogo” abrasador e purificador. Este fogo serve para provar o valor das obras de cada um.
Outra passagem clássica, Mt 12,31 afirma que a blasfêmia contra o Espírito Santo é um pecado que não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo que há de vir. Este texto é sinal de que há pecados que podem ser perdoados no século futuro. Mas a observação inicial é muito importante.
Não são estes textos esparsos que dão origem a uma doutrina sobre o purgatório, mas o bom senso da consciência eclesial que, ao ler a Escritura no seu conjunto, percebe que ela sugere muito mais coisas do que se pode conter em pequenos vasos.
A Bíblia claramente afirma que o julgamento vem depois da morte (Cf Hb 9,27), no qual seremos julgados pelos atos feitos por meio do corpo (Cf 2Cor 5,10). Jesus ensinou que é impossível ao ímpio escapar dos tormentos para entrar no conforto dos fiéis (Cf Lc 16,25-26).
A palavra purgatório não aparece de forma explicita na Bíblia, mas podemos e devemos acreditar que ele existe, inclusive é um dogma de fé da Igreja.
Fonte inspiradora: Sagrada Escritura e Catecismo da Igreja Católica (CIC §1030; §1031; §1032)
Colaboração: Pe. Reinaldo – paroquianossasenhoradocarmo.com
JESUS, MARIA E JOSÉ: EU VÓS AMO, SALVAI ALMAS!
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