Discurso do PROFESSOR VICTÓRIO GALLI
Bloco/PSC-MT, 21/05/2015
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,
O Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado pela Lei nº 13.005, de 2014,
que votamos aqui no Congresso Nacional e foi sancionado pela Presidenta
Dilma no ano passado, prevê metas para a educação básica até a pósgraduação
a serem atingidas nos próximos 10 anos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios.
Inserida no contexto dessas metas estava a tal ideologia de gênero.
Porém, após amplo debate aqui no Congresso Nacional, foi retirada da
redação e sancionada sem essa menção a tal ideologia de gênero.
O Plano Nacional de Educação determina que os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios elaborem seus próprios planos de educação,
para que suas metas sejam monitoradas e cumpridas, e estipulou prazo
até 24 de junho de 2015 para suas respectivas aprovações.
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, começaram a tramitar planos de
educação em muitos Municípios por este Brasil afora contendo
novamente a expressão ideologia de gênero, com o firme propósito de
estabelecer paradigmas na educação de nossos filhos.
Simplesmente ignoram a decisão do Congresso Nacional, reescrevendo
as diretrizes da educação exatamente segundo o texto que havíamos rejeitado aqui no Parlamento Federal.
A ideologia de gênero afirma que ninguém nasce homem ou mulher,
mas deve construir sua própria identidade, isto é, o seu gênero, ao longo
da vida.
Então o que significa gênero? Gênero seria uma construção
pessoal, autodefinida, ou seja, ninguém deveria ser identificado como
homem ou mulher, mas teria de inventar sua própria identidade. Quer
dizer que essas pessoas acham que ser homem e ser mulher são papéis
que cada um representa como quiser? Exatamente. Para eles, não existe
homem e mulher, cada um deve inventar sua própria personalidade,
como quiser.
A Resolução nº 12, de 2015, da Secretaria de Direitos Humanos,
publicada no Diário Oficial da União de 12 de março de 2015, garante o
uso de banheiros e vestiários de acordo com a identidade de gênero de
cada sujeito em todas as instituições da rede de ensino, em todos os
níveis.
Imaginem, Sras. e Srs. Parlamentares, suas filhas irem ao
banheiro da escola e de repente lá encontrarem um sujeito homem que
resolveu naquele instante ser mulher. É perturbador acreditar que isso
possa ocorrer. Pois é isso e mais o que está por traz dessa ideologia de
gênero.
Caso esse desastre chegue às escolas estaduais, distritais e municipais
de nosso País, acontecerá que todas as nossas crianças deverão
aprender que não são meninos ou meninas e que precisam inventar um
gênero para si mesmas. Para isso, receberão materiais didáticos
destinados a deformar sua identidade. E isso seria obrigatório, por força
de lei. Os pais que se opusessem poderiam ser criminalizados.
PERGUNTO: O que fazer então?
RESPONDO: vamos procurar os Vereadores,
Deputados Estaduais e Deputado Distritais eleitos com o seu voto, em
sua cidade, para conscientizá-los do perigo que ronda próximo de
nossas escolas. Se aprovado esse tipo de lei para a educação de nossos
filhos, teremos grandes consequências e perturbações em nossa
sociedade.
A família, cada vez mais, vem sofrendo e sendo esmagada por forças que
buscam, alegando uma suposta liberdade, destruir nossos lares e nossas
famílias. Vamos nos unir e lutar para que esse tipo de projeto não
chegue às nossas escolas. Mais do que nunca, precisamos defender
nossas crianças. As famílias do Brasil agradecem.
Sr. Presidente, peço que este meu discurso seja divulgado no programa
A Voz do Brasil e nos meios de comunicação desta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Delegado Edson Moreira):
– O requerimento de V.Exa. será atendido.
LEIA TAMBÉM:
CNBB E CARTA SOBRE O PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (pdf)
REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO AO MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO (pdf)
DISCURSO DO PROF. VICTORIO GALLI SOBRE O PNE (pdf)
Colaboração: Fabio Menegasso
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