Há mais de um ano, nossas comunidades se preparam para o grande evento eclesial com o Papa, no Brasil: a Jornada Mundial da Juventude. Estamos no mês da Jornada; alguns representantes das comunidades irão ao Rio de Janeiro e partilharão a fé com o Papa Francisco.
É um orgulho e uma grande alegria que jovens das comunidades possam encontrar-se com o Santo Padre, principalmente porque as comunidades se empenharam e muito trabalharam para possibilitar este encontro.
Os atos preparativos da Jornada, principalmente a preparação da semana missionária, fizeram com que as forças vivas das comunidades se voltassem para os jovens.
Esse espaço que foi dado a eles, nas comunidades, não pode desaparecer, como se agora – com a celebração da semana missionária e da jornada – a comunidade pudesse voltar ao seu jeito normal de ser com os jovens.
Com certeza, esse modo de pensar e agir não pode ser aceito em nenhuma comunidade, pastoral ou associação em comunhão com a Igreja Católica em São Paulo.
O jeito normal de ser de uma comunidade, de uma paróquia é caminhando e apoiando os jovens, uma vez que se trata de uma opção da Igreja no Brasil e da Arquidiocese, como determina o 11º Plano de Ação Pastoral na 6ª urgência, com estas palavras:
A Arquidiocese quer renovar a opção afetiva e efetiva de toda a Igreja pela juventude.
Para que tal urgência se realize nas comunidades e aconteça uma opção afetiva e efetiva pelos jovens será necessário, em primeiro lugar, acreditar na sua fé: os integrantes da geração internet não parecem dispostos a abandonar a fé; eles acreditam em Deus e buscam o sagrado.
Gostam das atividades religiosas que valorizam o simbólico e o afetivo, que levam à experiência de vida, ao senso de aventura, de originalidade, de experiência com o mistério (CF 2013, 55).
Em segundo lugar devemos acreditar e investir nas potencialidades dos jovens, porque eles querem participar das atividades da Igreja, por isso nós devemos proporcionar essa participação, seja na liturgia, na catequese, em conselhos, nas pastorais e outras atividades.
Eles se envolvem como missionários quando são chamados e veem a autenticidade e comprometimento de todos.
Os jovens demonstram amar Jesus Cristo, não temendo o sacrifício nem a entrega da própria vida (CF 2013, 56).
Nessa renovada compreensão da missão de toda a Igreja, a semana missionária e a Jornada não são o fim de uma caminhada ou de um projeto específico com a juventude, mas são grandes celebrações de uma Igreja inteiramente comprometida com o presente e o futuro da fé das novas gerações, de uma Igreja decididamente missionária, que testemunha o amor de Jesus a cada jovem e coloca toda a sua estrutura à disposição dos jovens para que possam enamorar-se de Jesus e corresponder ao Seu Amor.
Dom Sergio de Deus Borges
Bispo Auxiliar de São Paulo
Vigário Episcopal para a Região Santana
Texto encaminhado pelo Pe. José Teles
Comentários