Origem da Pastoral da Saúde
A Pastoral da Saúde é, desde 1985 e por vontade expressa do Santo Padre o Papa João Paulo II, uma das formas de pastoral especializada.
De facto a 11 de Fevereiro de 1985, pelo Motu Proprio “Dolentium Hominum” o Santo Padre instituiu a Comissão Pontifícia para o Apostolado dos Profissionais da Saúde, anos depois convertida em Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde.
A 13 de Maio de 1981, ocorreu na Praça de São Pedro o atentado contra o Papa Karol Wojtyla que estava sendo muito incômodo para muitos dos senhores do mundo. Daí, até um atentado para lhe dar a morte foi um passo.
Recolhido de imediato na Clínica Gemelli, ali permaneceu alguns meses até à sua plena recuperação. Foi um tempo de reflexão e de oração.
Quando o Papa deixou a clínica, quis oferecer ao mundo um documento notável sobre o sofrimento humano, a Encíclica Salvifici Doloris. Assinada a 11 de Fevereiro de 1984, constitui a carta magna de uma pastoral diferente.
Se é certo que “o sofrimento humano suscita compaixão, inspira também respeito e, a seu modo, intimida” diz o Papa.
É por isso que se torna urgente refletir sobre o mundo do sofrimento e encontrar os caminhos para superá-lo e descobrir para ele um sentido mais profundo.
“A medicina, enquanto ciência e, conjuntamente como arte de curar, revela no vasto terreno dos sofrimentos do homem o seu setor mais conhecido”.
E o Papa continua falando da importância da terapia que permite vencer alguns dos problemas humanos. Para além do sofrimento físico, é indispensável acompanhar o ser humano no seu todo, para este poder vencer os sofrimentos psicológicos, morais, sociais e até espirituais. O que está em questão é a saúde integral de cada pessoa. Talvez por isso, nesta carta encíclica comece a desenhar-se o que um ano mais tarde o Papa vai chamar “Pastoral da Saúde”.
Se a Pastoral é a ação organizada da Igreja, através da qual se torna presente, aqui e agora a ação salvífica de Cristo, então em Jesus Cristo todo o sofrimento é vencido pelo amor, e esta ação salvífica de Deus opera-se pelo dar mais saúde a cada pessoa na circunstância concreta em que está vivendo.
A encíclica termina com uma interpretação maravilhosa da parábola do Bom Samaritano em que este estrangeiro faz tudo para dar saúde e mais qualidade de vida ao homem caído na estrada de Jericó.
Curiosamente, nos últimos discursos do Papa sobre a Pastoral da Saúde, este insiste muito para que os Profissionais da Saúde (médicos, enfermeiros, voluntários e outros) se tornem “bons samaritanos” na generosidade com que assistem e acompanham todos os que deles necessitam.
Fonte: http://www.pastoraldasaude.pt
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