Padroeira Santa Rosa de Lima

"A cruz é a escada para o céu…" Festa: 23 de Agosto

A Santa Missa

Consagração“Jesus Cristo que, sob as espécies do pão e do vinho, se oferece por mãos do sacerdote a Deus sobre o altar, memória e renovação do sacrifício da Cruz.”
(Catecismo de São Pio X)

O que é a Eucaristia?

É o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar pelos séculos, até seu retorno, o sacrifício da cruz, confiando assim à sua Igreja o memorial de sua Morte e Ressurreição.

É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, no qual se recebe Cristo, a alma é coberta de graça e é dado o penhor da vida eterna.

Quando Cristo instituiu a Eucaristia? Instituiu-a na Quinta-feira Santa, “na noite em que ia ser entregue” (1Cor 11,23), celebrando com os seus Apóstolos a Última Ceia.

ÚNICO E MESMO SACRIFÍCIO, NO CALVÁRIO E NO ALTAR

A Santa Missa é o sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, oferecido em nossos altares, em memória do Sacrifício da Cruz. O Santo sacrifício da Missa é oferecido para adorar e glorificar a Deus, para obter o perdão dos pecados, para pedir graças e favores pessoais e também pelas almas do Purgatório.

É o Sacrifício da Nova Lei, instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo, no qual são oferecidos a Deus o Corpo e o Sangue de Jesus, sob as aparências do pão e do vinho.

É uma prolongação perene e incruenta (sem derramamento de sangue) do mesmo Sacrifício do Calvário. Ambos os sacrifícios, o da Cruz no Calvário, e o da Missa em nossos altares, constituem um único e idêntico sacrifício, pois que a Vítima e o Oferente destes sacrifícios é o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Sacerdote, como “Mediador entre Deus e os Homens” (1 Tim. 2, 5) oferece o Santo Sacrifício da Missa em nome de Jesus Cristo e da sua Igreja, pela salvação do mundo.

A Paixão de Cristo constitui a essência mesma do Santo Sacrifício da Missa. Por isso, afirmou o Apóstolo São Paulo: “Todas as vezes que comerdes deste Pão e beberdes deste Vinho, relembrarei a morte do Senhor, até que Ele venha”. (I Cor, 11,26).

A PRIMEIRA SANTA MISSA

As cerimônias, palavras e gestos da Consagração constituem a parte mais importante da Santa Missa. Ora, essas palavras e gestos verificaram-se pela primeira vez, naquela memorável noite da primeira de todas as Quintas-feiras Santas, quando Nosso Senhor Jesus Cristo, no Cenáculo de Jerusalém, celebrou a Sagrada Ceia Pascal com os Seus discípulos.

A Sagrada Ceia foi, pois, a primeira Santa Missa, celebrada por Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

A LITURGIA DA SANTA MISSA

O Santo Sacrifício da Missa é a perpetuação do Drama divino do Calvário. Jesus Cristo, Deus e Homem, padeceu e morreu por minha causa, pela minha salvação. O drama redentor do Calvário é pois, o meu drama.

Neste drama se distinguem seis atos principais, nos quais procurarei tomar parte, associando-me ao Sacerdote celebrante que realiza o Santo Sacrifício em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo Sacerdote:

1.º) Rezar. (Desde o início da Missa até a Epístola). __ É a voz do homem que fala a Deus.

2.º) Escutar. (Desde a Epístola até o fim do Evangelho). __ É a voz de Deus que fala ao homem.

3.º) Oferecer. (No Ofertório, o Sacerdote oferece, a Deus, a Hóstia que vai ser consagrada). __ Oferecer-me-ei também a Deus Pai, em união com Jesus Cristo, a Vítima divina do altar.

4.º) Sacrificar. (O Sacerdote, consagrando o Pão e o Vinho separadamente, significa a efusão do Sangue sofrida por Jesus na sua Paixão e Morte redentora). __ Aceitarei resignadamente os sofrimentos e sacrifícios de cada dia, unindo-o ao sacrifício de Jesus, na Santa Missa.

5.º) Comungar. (A Comunhão é o complemento natural da Consagração, do sacrifício. A Vítima divina da Nova Lei, depois de imolada, deve ser comungada). __ Pela Santa Comunhão, a participação do fiel ao Santo Sacrifício da Missa se realiza plenamente.

6.º) Agradecer. Depois da Comunhão e já ao final do Sacrifício, o Sacerdote reza a oração chamada Pós-comunhão, agradecendo a Deus os benefícios recebidos no Santo Sacrifício da Missa.

FINALIDADES DA SANTA MISSA:

1) Adorar e cultuar a Deus, nosso Criador e Pai (sacrifício latréutico).

2) Aplacar a sua justiça e obter misericórdia (sacrifício propiciatório).

3) Dar-Lhe graças pelos benefícios recebidos (sacrifício eucarístico).

4) Pedir-lhe favores e graças (sacrifício impetratório).

OBRIGAÇÃO DE ASSISTIR A SANTA MISSA

Apesar de ser uma realidade tão sublime e tão santa, benéfica e necessária, não poucos católicos parecem desconhecer a divina excelência do Santo Sacrifício da Missa. Muitos se negariam mesmo a assisti-la.

Eis porque a Santa Igreja Mãe, solicita das nossas almas, nos impõe a todos a assistência à Santa Missa, aos domingos e dias santos. Eis porque ele nos ordena: “Guardar os domingos e festas”; “ouvir a Missa inteira nos domingos e festas de guarda”.

Todos os Santos Padres, que escreveram sobre o Santíssimo Sacramento, vêem nele o sacrifício do Novo Testamento. É fora de dúvida que Cristo, instituindo o Santíssimo Sacramento entre as cerimônias da última ceia, instituiu a santa Missa.

Aviva tua fé na santa Missa e assiste ao santo sacrifício com o maior respeito e com muita piedade.

O cristão reserva uma hora para a celebração eucarística, como núcleo do Domingo e este valor é fixado no terceiro Mandamento da Lei de Deus. Uma hora por semana não é muito para quem acredita que sua vida e felicidade pro fluem das mãos do Senhor.

O fato de existir uma obrigação dominical não significa, em si, que não se vá à missa com e por amor. O preceito é, muitas vezes, garantia contra o próprio relaxamento e descuido.

Muitos santos manifestaram-se sabiamente sobre a Santa Missa, como veremos a seguir:

“Na hora da morte, as Missas, às quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Missa, pois, podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor. Será ratificada no céu a bênção, que do sacerdote receberes na Santa Missa.

Assistindo-a com devoção, prestas a maior das honras à Santa Humanidade de Jesus Cristo”

Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões. Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais, porém, te arrependes; preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam. Diminui o império de satanás sobre ti mesmo. Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível.

Uma só Missa a que houveres assistido em vida, será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte, pois pela Missa participas da Paixão, morte e Ressurreição de Cristo.”
Santo Agostinho

Cada Missa à que assistires, alcançar-te-á no céu maior grau de glória. Será abençoado em teus negócios pessoais e obterás as graças que te são necessárias. Nosso Senhor Jesus Cristo nos concede tudo o que Lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário.”
São Jerônimo

“Todas as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo com uma devoção e amor acima do entendimento dos anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação da humanidade”
Santa Matildes

“Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa”
São Lourenço

“O Martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor”.
São Tomás de Aquino

“Agradeçamos, pois, ao Divino Salvador por ter-nos deixado este meio infalível de atrair sobre nós as ondas da Divina Misericórdia”
São João Maria Batista Vianney – o Cura D’Ars

“A Santa Missa é o presente mais precioso e mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade; vale mais que o céu e a terra; vale o próprio Deus”
Ven. Martinho de Cochem

“Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e deslumbrado por essa clemência tão caridosa e tão misericordiosa de Nosso Senhor, a ponto de considerar grave falta, para quem, podendo a assistir a uma missa, não o faz”
São Francisco de Assis

“Fica sabendo, ó cristão, que mais se merece em ouvir devotamente uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.
Toda Santa Missa diminui teu purgatório.”
(São Bernardo)

“A Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que Ele nos tem; é de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos faz.”
(São Boaventura)

“A Missa é o sol da Igreja.”
(São Francisco de Sales)

“Após a consagração, eu tenho visto esses milhares de Anjos formando a corte real de Jesus, em volta do tabernáculo, eu os tenho visto com meus próprios olhos.”
(São João Crisóstomo)

Sta. Matilde derrama em fervor sua alma de fogo: “Ó bom Deus, eu queria, que a cada momento, e sem cessar, milhares de coros de anjos te louvassem e adorassem…

Queria ter tantos corações quantas estrelas há no céu, quantos folhas há nas árvores, quantas gotas d’água há nos mares do mundo, a fim de amar-te sem cessar…”

Apareceu-lhe Jesus dizendo: “Toda essa honra podes preparar-me, e mais ainda do que desejas”.
Um momento de “suspense”. “Como?” E com olhos ardentes aguarda a resposta.

Jesus responde: “É só assistir à Santa Missa.”

E de braços abertos sobre o altar, Jesus faz correr seu sangue de todas as chagas: “Eis as chagas que reconciliam a justiça do Pai. Todas as graças que a alma perdeu por descuido ou relaxamento, poderá recuperá-las plenamente, aproximando-se do Santo Sacrifício do Altar, que contém a plenitude das graças”.

“Se os homens conhecessem o valor da Santa Missa, a Polícia tería que estar sempre às portas das Igrejas para manter a ordem por causa da grande quantidade de pessoas que a assitiriam.”
(São Pe.Pio)

EUCARISTIA NO CATECISMO DA IGREJA

1407 – A Eucaristia é o coração é o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido uma vez por todas na cruz a seu Pai; por seu sacrifício Ele derrama as graças da salvação sobre o seu corpo, que é a Igreja.

1409 – A Eucaristia é o memorial da páscoa de Cristo: isto é, da obra da salvação realizada pela Vida, Morte e Ressurreição de Cristo, obra esta tornada presente pela ação litúrgica.

1410 – É Cristo mesmo, sumo sacerdote eterno da nova aliança, que, agindo pelo ministério dos sacerdotes, oferece o sacrifício eucarístico. E é também o mesmo Cristo, realmente presente sob as espécies do pão e do vinho, que é a oferenda do Sacrifício Eucarístico.

1411 – Só os sacerdotes validamente ordenados podem presidir a Eucaristia e consagrar o pão e o vinho para que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor.

1412 – Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais é invocada a bênção do Espírito Santo, e sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a última Ceia: `Isto é o meu Corpo entregue por vós. (…) Este é o cálice do meu Sangue (…) `

1413 – Por meio da consagração opera-se a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Sob as espécies consagradas do pão e do vinho, Cristo mesmo, vivo e glorioso, está presente de maneira verdadeira, real e substancial, seu Corpo e Seu Sangue, sua Alma e Divindade (Conc. Trento, DS 1640).

1414 – Enquanto sacrifício, a Eucaristia é oferecida também em reparação dos pecados dos vivos e dos defuntos, e para obter de Deus benefícios espirituais e temporais.

1391 – A comunhão aumenta a nossa união com Cristo. Receber a Eucaristia na comunhão traz como fruto principal a união íntima com Cristo Jesus. Pois o Senhor diz:
`Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim e eu nele` (Jo 6,56). Assim como o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta viverá por mim` (Jo 6,57):

1393 – A comunhão separa-nos do pecado. O Corpo de Cristo que recebemos na comunhão é `entregue por nós`, e o Sangue que bebemos é `derramado por muitos para remissão dos pecados`. É por isso que a Eucaristia não pode unir-nos a Cristo sem purificar-nos ao mesmo tempo dos pecados cometidos e sem preservar-nos dos pecados futuros:
`Toda vez que o recebemos , anunciamos a morte do Senhor` (1Cor 11,26).

`Se anunciamos a morte do Senhor, anunciamos a remissão dos pecados. Se, toda vez que o Sangue é derramado, o é para a remissão dos pecados, devo recebê-lo sempre, para que perdoe sempre os meus pecados. Eu que sempre peco, devo ter sempre um remédio.`
(S. Ambrósio, Sacr. 4,28 )

1396 – Os que recebem a Eucaristia estão unidos mais intimamente a Cristo. Por isso mesmo, Cristo os une a todos os fiéis em um só corpo, a Igreja. A Comunhão renova, fortalece, aprofunda esta incorporação à Igreja, realizada já pelo batismo. No batismo fomos chamados a construir um só corpo (1Cor 12,13).

Fonte: http://saopio.wordpress.com/2009/12/24/a-santa-missa-o-sacrificio-da-santa-missa-eucaristia/

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